Borba Gato - 2020
Resignificando a história
Projeto. Intervenção Urbana
Autores: Antonio Carlos Fortis e Waldo Bravo
O projeto de intervenção urbana propõe colocar a figura
monumental de Borba Gato - situada no ponto mais alto
da Av. Santo Amaro em São Paulo - sob a custódia de uma
imensa jaula em estilo medieval.
Presas ao pescoço e ao tornozelo da famosa estátua, figurarão
longas correntes terminadas em duas grandes bolas de
metal.
Em lugar de destruir ou retirar a figura do cruel escravizador
de etnias indígenas - tal como agora ocorre com tais
figuras e monumentos por todo o mundo -, esta intervenção
a aprisiona e põe a ferros com o explícito propósito
de a ressignificar poeticamente e a atualizar historicamente.
Desconstruindo moralmente o seu discurso em lugar de
destruir fisicamente o monumento, fica ao mesmo tempo
mantida a antiga verdade factual e revelada enfaticamente
a mais absoluta inversão do seu significado.
Video
Intervenção - 2002
Video
intervenção - Presença
Presente A
"> O
Video
intervenção - Presença Presente B
"> O
Representação
Vs Realidade
O trabalho propõe um diálogo real entre dois tempos distintos: a imagem
de uma figura previamente gravada (tempo passado), projetada sobre uma porta
ou sobre uma tela (tempo presente).
São diálogos atemporais que constroem uma relação tempo-espaço-deslocamento no
campo visual.
Estas imagens foram produzidas e editadas sem fundo e, quando projetadas sobre
esses objetos na escala real, criam uma perfeita relação entre a imagem projetada
(representação) e a tela ou porta utilizada como suporte de projeção (realidade).
Surgem nesse momento inevitáveis questionamentos:
- Qual é o território da representação e os seus limites?
- A tela ou porta é mero pano de fundo ou componente da própria obra?
- Nessa vídeo-intervenção, qual é o suporte e qual é a superfície?
- A representação ocorre no suporte? ... qual? ou na superfície?... qual?.
- Conceitualmente, como fica a relação entre a figura e o fundo?
Cidades
Imaginadas
MUSEU
DE ARTE CONTEMPORÂNEA
MAC
Ibirapuera, Pavilhão da Bienal, 2010
Panorama da Arte Brasileira
Museu
de Arte Moderna de São Paulo
Panorama
da Arte Brasileira 1993
BABEL
- SESC Pinheiros - 1997
Instalação – Estrutura metálica e motocicleta – 6 x 4 x 4
metros
Canto
das árvores - 1995
Aeroporto de Guarulhos
Instalação – Madeira, plástico e corda - 6 x 6 x 5 metros
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Alinhamentos - 2006
Alinhamentos 1
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Alinhamentos
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Alinhamentos
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Alinhamentos
4
Alinhamentos
5
Alinhamentos
6
6 X TEMPO
Galpão Sta. Marcelina -
2004
Representação
Vs Realidade
Representação
Vs Realidade
Representação
Vs Realidade
Representação
Vs Realidade
Recortes
Ambientais
Por GEORGIA LOBACHEFF - 2004
Interessado na aproximação de
um Tempo PASSADO com um Tempo PRESENTE, Waldo Bravo nos
coloca diante de uma interferência no ambiente da exposição
que desafia nosso olhar. A idéia de substituir um espaço
por uma imagem deste mesmo espaço leva o espectador a se
defrontar com dois tempos: o tempo passado do registro
e o tempo presente do espaço em que estamos habitando por
algum momento. Obviamente, o espectador encontra um único
ponto de vista ideal para observar esta obra e conseguir
perceber a sobreposição.
Estamos aqui diante de um trabalho que trata de uma questão
muito pertinente à contemporaneidade: a substituição da
realidade por uma imagem dela, ou seja, o simulacro. Vivemos
em um momento de simulação em que diversas emoções são
vividas através da imagem e não mais da realidade. Nossos
modelos deixam de ser reais e passam a ser construídos
em torno de imagens idealizadas de um mundo virtual. A
questão da representação está, portanto, em transformação
já que o que buscamos representar não é mais a realidade
e sim um simulacro.
No trabalho de Waldo uma outra faceta se impõe: a questão
dos limites da obra, ou seja, do seu suporte e campo de
existência. Em função da sobreposição de registro com realidade,
perde-se a noção de fronteira. O assunto plotado não tem
autonomia e só existe em função da realidade em seu redor.
A obra passa a ser tudo, a imagem, a realidade em torno
da imagem, enfim, o espaço da exposição. Há um constante
questionamento entre presença e ausência, conteúdo e forma.
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